Thursday, November 30, 2006

Bom como já trabalho a algum tempo com internet e html, não tive muitas dificuldades em realizar a atividade de criação do blog, pois já tinha criado outros blogs antes, mas nunca como ferramenta pedagógica. Acho que a abordagem foi bem valida para aqueles que não conheciam ou tinham pouco contato com esse tipo de conteúdo. Só que o tempo destinado a esta disiplina foi curto, existem vários recursos a se explorar, e o que vimos foi basicamente uma formatação de texto html, claro que cabe a cada um esforçar-se para melhorar e pesquisar muito para obter um resultado ainda melhor com a utilização de seu blog.
Na minha opinião o blog é sim uma ferramenta que irá vingar, quer dizer, já vinga, juntamente com outros serviços gratuitos hoje disponíveis na internet como fotolog, disco virtual, ambientes interativos...o que falta é conscientizar as pessoas a o utilizarem. Como toda nova tecnologia, essas quebras de padrões ainda encontram resistências em alguns setores, isso se aplica ao setor do ensino no Brasil hoje.
É muito mais cômodo para um professor continuar fazendo suas aulas da maneira que faz a 20 anos, do que aprender a utilizar novas ferramentas. Nesse contexto sabemos que não está envolvida somente a questão do "professor". As novas tecnologias exigem além de conhecimento, especialização, práticas e mais do que isso equipamentos. E aí nos deparamos com um incoveniente, não depende mais de um professor, um corpo diretivo e sim do Estado, ou do País....
Ao meu ver, sejamos mais criativos, querendo é possível alcançar objetivos, traçar metas e resolver localmente esses problemas pequenos. Primeiramente é preciso mostrar porque as novas tecnologias vieram e convencer as pessoas de que vale a pena. Depois aos poucos iremos transformando ambiente, com muita dedicação e esforço.
Trabalho com ensino técnico então vivencio a experiência de laboratório. Quanto a utilização desses meios no ensino médio, me parece que aos poucos ele vem se tornando realidade. Trabalhei para um grupo educacional onde essas aulas eram comuns e freqüentes, acredito que essas técnicas se concretizem ainda mais devido as facilidades de aquisição de equipamentos, especialização de professores e mesmo da necessidade de uso.

Tuesday, November 28, 2006

Em crise, escolas terceirizam professor

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

A crise no setor particular de ensino fez com que as escolas
aplicassem aos professores o mesmo que ocorreu com funcionários de
limpeza e segurança: a terceirização. Somente em São Paulo, cerca de
15 mil educadores estão nessa situação. O modelo, que se consolidou há
cerca de cinco anos, começa a ser contestado pela Justiça do Trabalho
e é criticado até pelos representantes dos donos de colégios e de
universidades.
A terceirização nas escolas é feita por meio de uma cooperativa. A
ação é vantajosa para as instituições porque elas se livram dos
encargos trabalhistas, como fundo de garantia, férias e décimos
terceiros salários. O Sinpro-SP (sindicato dos professores da rede
particular) estima a economia na folha de pagamento em até 50%. As
cooperativas falam em 20%.
O lado negativo, afirmam os professores, é que os educadores ficam
desprotegidos --não recebem nada se faltarem por doença ou se forem
demitidos. Também há problemas pedagógicos, pois os professores não
criam vínculo com as escolas, o que aumenta a rotatividade.
"O professor precisa estar envolvido com a instituição, participar do
planejamento. Isso não ocorre com a terceirização", afirmou o diretor
do Sinpro Walter Alves. "Em geral, as cooperativas servem só para o
dono da escola não pagar encargos trabalhistas. Isso distorce o
cooperativismo, que visa estimular o empreendedorismo do
profissional", diz o advogado do Sinpro, José Sady.
O ensino privado vive crise. De 2002 a 2005, a média de alunos nas
escolas básicas particulares de São Paulo caiu 10%. No ensino
superior, estão ociosas cerca de 60% das vagas oferecidas nos
vestibulares paulistas.
O sindicato dos professores já denunciou à Delegacia Regional do
Trabalho em São Paulo 21 escolas na capital paulista e dez
instituições de ensino superior por entender que contrataram
cooperativas de forma irregular. Não há estudo que mostre quantos dos
7.000 estabelecimentos particulares do Estado adotaram o modelo.
A Federação das Cooperativas Educacionais de São Paulo estima haver 15
mil professores cooperados no Estado.
Para que a cooperativa seja legal, todos os professores devem ter
poder de decisão e os lucros precisam ser divididos. Além disso, não
pode haver subordinação do docente ao dono da instituição, pois isso
caracteriza vínculo empregatício, o que obriga o pagamento dos
direitos trabalhistas.
A Justiça do Trabalho já julgou, em segunda instância, uma ação contra
a Faculdade Sumaré, que tem 5.000 alunos e 180 professores (nenhum
registrado), em três campi em São Paulo. Na ação, um professor
conseguiu provar que era subordinado à escola.
O juiz relator, Salvador Franco de Lima Laurindo, disse que é evidente
"que a adesão à cooperativa teve o mero propósito de compor uma
simulação destinada a ocultar o vínculo de emprego". A cooperativa e a
faculdade recorrem da decisão.

Blogs na Educação

Acredito sim ser o blog uma ótima ferramenta à ser utilizada na educação. Concordo quando se comenta que o blog fala hoje a linguagem do adolescente. Além de tudo isso o blog é uma maneira de expressão. Através dele é possível analisar perfis e preferências, fazendo com que se crie propostas de aula que sejam interessantes aos alunos. Mais do que isso o blog é uma forma de interação, de troca de idéias e conteúdos, nos quais até os mais tímidos se arriscam a participar. O blog é também ferramenta para consultas (conteúdos, dicas, aulas perdidas), através de sua utilização o aluno aprende e obriga-se a buscar conteúdo, interagir não podendo se omitir em relação aos assuntos tratados.
Para os pais os blogs dos filhos podem ser a forma de saber como o filho está desempenhando suas atividades escolares, é uma maneira de participar e mesmo opinar sobre os assuntos tratados no blog do filho. Além de ser um canal aberto para comunicação com professores e escola. Basta agora criar ambiente e bons projetos para que os blogs contribuam cada vez mais para o aprendizado de nosso alunos.

Friday, November 24, 2006

Educar para o uso responsável dos meios digitais


Cristina Moraes Sleiman*

Atualmente há uma grande preocupação quanto à utilização inadequada das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Os casos mais comuns são: utilização de páginas Web para difamar ou caluniar alguém, e-mails com informações falsas, plágio e outras modalidades. Sou defensora da utilização das TICs na Educação, mas também defendo que precisamos educar para isso e só conseguiremos atingir tal objetivo se nos educarmos primeiro.
Quantas pessoas que estão lendo este artigo têm o costume de bloquear sua máquina quando saem de perto do computador? Ou ainda “emprestam” sua senha para um colega acessar a Internet? Quem nunca recebeu um e-mail em nome de uma grande empresa com a frase “clique aqui”?
Os novos meios de comunicação trouxeram também novas formas de fraude às quais estamos sujeitos. Como educadores, é nosso papel contribuir para o desenvolvimento pleno do aluno. Ética e cidadania são essenciais para o convívio em sociedade. Para lidar com essas questões, que já não são mais probabilidades, mas sim realidade cada vez mais próxima de todos, é necessário desenvolver um plano de Educação Digital.
Diferentemente de outros educadores, que definem Educação Digital como Educação por meio de recursos digitais, considero Educação Digital como educar para utilizar de forma responsável os meios digitais, levando ao conhecimento do educando também os aspectos jurídicos relacionados à utilização de tais meios.
A Educação Digital pode e deve ser trabalhada em duas vertentes: educação dos empregados e colaboradores de uma empresa (Política de Segurança da Informação) e educação dos alunos dentro da própria instituição de ensino, considerando-se o processo de construção do conhecimento como base para qualquer situação.
Pensando na proteção não só dos alunos, mas também da própria instituição de ensino, o ideal é traçar um plano de ação, levando ao conhecimento de todos os aspectos jurídicos essenciais na utilização de recursos tecnológicos. Neste artigo, o meu foco será o aluno, mas vale lembrar que a questão não se limita a ele.
Discorrer sobre os aspectos legais na utilização dos recursos tecnológicos para o corpo discente não é difícil, mas sua conscientização sim. Um bom caminho é aproveitar as situações de uso das ferramentas na própria escola. Por exemplo, ao planejar uma atividade de pesquisa on-line, é importante inserir no contexto a responsabilidade de cada um ao publicar informações na Internet. Para ambos os casos, recomenda-se a elaboração de dicas de segurança da informação e responsabilidade civil e criminal (
veja aqui algumas dicas).
Não é um trabalho fácil. Será necessário conscientizar os professores antes dessa etapa, pois são questões específicas e devem ser claramente disseminadas.
É importante ressaltar que a Internet não é uma terra sem lei, como se ouve por aí. Temos uma nova forma de atuação. O que muda é o meio, e não o ato em si. Portanto, a lei é perfeitamente aplicável. Para exemplificar, pense na Lei de Direitos Autorais, que deve ser aplicada a toda obra independentemente do meio de suporte, ou seja, publicação impressa ou publicação on-line, podendo ainda ser exteriorizada apenas de forma oral.
Quanto à questão da responsabilidade, espero que não tenha assustado o caro leitor ao mencionar civil e criminal, mas o tema é de suma importância. Freqüentemente, por falta de esclarecimento, o usuário acaba enviando um e-mail indevido, contendo ameaças, calúnias ou injúrias contra outra pessoa, pensando que nunca será descoberto. “Ledo Engano”, até mesmo as Lan Houses hoje são obrigadas a manter um cadastro de usuários e horário de utilização. Lembre-se de que o endereço IP (um dos protocolos responsáveis pela identificação dos computadores na Internet) leva à máquina utilizada, e da máquina chega-se ao autor.
Outra dica importante é sobre os falsos e-mails. Como se prevenir? O que fazer quando a máquina for invadida? Como evitar que sua senha seja interceptada por um cracker? E há muitas outras questões sobre o assunto. Esse “mundo” está apenas começando, mas a responsabilidade existe e deve ser imputada a quem de direito.
Para finalizar, algumas referências sobre temas a serem abordados para o planejamento de Educação Digital: - Identidade Digital- Responsabilidade (civil e criminal)- Responsabilidade em conteúdos da Internet (todo conteúdo escrito na Internet é de responsabilidade de seu autor)- Responsabilidade na utilização de e-mails (enviar um boato eletrônico, por exemplo, pode gerar responsabilidade civil e criminal)- Comunidades Virtuais (nunca se pode falar de questões protegidas por sigilo profissional nem se pode utilizar imagens de pessoas sem autorização)- Privacidade- Direito autoral- O que é endereço IP (pode representar o local de ocorrência de uma infração ou o começo de uma investigação de crime eletrônico).
* Advogada e pedagoga, atua na área de Internet, Política, Normas de Segurança da Informação e Educação Digital no Senac São Paulo. Mestranda na Escola Politécnica da USP em sistemas eletrônicos.

Wednesday, November 15, 2006

Comentário


Com base no comentário do texto A Tecnologia renovando o processo educativo, creio que a idéia hoje é relacionar todos os conteúdos “tradicionais” a vivencia e experiência anterior do aluno. Sendo assim, ele mesmo se sentirá mais à vontade com a nova tecnologia. Podemos também levar em conta que por mais simples que seja a família desse aluno, hoje ele tem plena condição de conhecer e manusear essa nova tecnologia, seja na escola, em um projeto social.... Vale lembrar que ter domínio de máquina não significa saber utilizá-la como instrumento de apoio a educação. Sabemos também que existe um grande desinteresse por parte dos alunos de hoje. E é fundamental não distorcer o uso do computador, ele deve ser limitado e utilizado em ambientes que proporcionem o conhecimento dos conteúdos “tradicionais”. Por trás disso cabe ao professor mediar e interagir de modo que suas aulas se tornem mais interessantes e gerem um melhor entendimento e um maior comprometimento por parte do aluno.

A TECNOLOGIA RENOVANDO O PROCESSO EDUCATIVO

(Texto produzido pelas professoras Ana Maria e Gabriela, com base na leitura do texto: O ENSINO E OS RECURSOS DIDÁTICOS EM UMA SOCIEDADE CHEIA DE TECNOLOGIAS, de Vani Moreira Kenski). A educação nos dias atuais está passando por um processo de renovação de espaços, de resignificação de conteúdos e de valores, tendo como ponto de partida todas as mudanças ocorridas na sociedade. A escola, como instituição integrante e atuante dessa sociedade e desencadeadora do saber sistematizado, não pode ficar fora ou a margem deste dinamismo. Sabemos que o padrão educativo vigente é ritualizado, cheio de divisões, seriações, conteúdos preestabelecidos, carga horária, calendários etc., onde permanece quase sempre inalterável. O tempo destinado a criação, a interpretação, a reflexão, a descoberta de novas tecnologias é escasso e nem sempre é aproveitado de maneira racional. Fora da escola, professores e alunos, estão permanentemente em contato com tecnologias cada vez mais avançadas, onde a máquina transforma, modifica e até substitui as tarefas humanas. Eles vivem e atuam nesta realidade como cidadãos participativos, mas não "conseguem" introduzir estas "novidades" dentro da escola, pois necessitam cumprir conteúdos programáticos exigidos. A escola é um local de tradição cultural e de ampliação de conhecimento, onde o aluno é o centro do processo de aprendizagem, analisando e interpretando as imagens e sons existentes na TV , rádio, computador, através da imagem do professor na sala de aula. É imprescindível que o professor perceba e saiba o valor e a importância dos recursos audiovisuais para o bom desempenho e eficácia do seu trabalho escolar. A tecnologia além de renovar o processo ensino-aprendizagem, vai propiciar o desenvolvimento integral do aluno, valorizando o seu lado social , emocional, crítico, imaginário, deixando margens para exploração de novas possibilidades de criação. Portanto, os recursos audiovisuais servem para explorar novas possibilidades pedagógicas e contribuir para uma melhoria do trabalho docente em sala de aula, valorizando o aluno como sujeito do processo educativo.